domingo
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Na paz do Senhor
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Debaixo do hábito levo um conjunto escarlate com aplicações de renda. Na pele o desejo e o aroma de um perfume.
Bato ao de leve na porta que nos separa. Abres-ma. Entro.
Procuras-me a boca. Dou-ta. As mãos - qual malabaristas de circo - entrelaçam-se em complicados esquemas e adentram-se nas vestes, apoderando-se da pele alheia. Pegas-me ao colo e deitas-me na cama. Deixo-me ficar. Cobiças-me com esse olhar matreiro de menino. Continuo deitada. As mãos bailam-me pelo corpo, provocando-te. Em silêncio deitas-te ao meu lado e, vagarosamente, os teus lábios passeiam por mim. As tuas mãos acompanham agora as minhas num ritual de sedução. Sinto o teu corpo másculo subindo para o meu. O teu desejo é duro, forte, grosso e a tua boca come-me a carne como se a fome de comer viesse de há muitos séculos. Viro-me para ti e chamo-te ao prazer entreabrindo as pernas. Vens e eu deixo-me ir. Investes. Investes. Investes. Gemo. Gemes.
No chão, lado a lado, jazem juntos o hábito e a batina.
No chão, lado a lado, jazem juntos o hábito e a batina.
Na paz do Senhor
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16 confissões:
Safa Noviça(até estou a praguejar)!
Fiquei ruborizada! Isso é que foi! Já não era noviça nessas práticas, caso contrário tinha desfalecido com uma investida dessas...
Vou ali beber um refresquinho de limão!
Nos braços do Padre Confessor fique! Não professe e goze os prazeres da carne...sem pecado.
O que é preciso é investir!
Ó Sra. D. Maria Teresa, parece que a senhora é que é noviça nestas práticas... Ficou tão ruborizada e com tanta secura...
Venha cá ao convento que o Sr. Padre ensina-lhe o Padre Nosso.
Rubra: realmente no investimento é que está o ganho. A menina investe muito?
Noviça o "não gosto" foi meu, estava tão atrapalhada a pensar como havia de ir até ao convento e como seria o método de ensino usado pelo Padre Confessor que carreguei no "não gosto". Já não sei o que digo, gosto, gosto, ou se gosto...
Ai a mim até me deu uma ponta de... inveja. Vou pôr o meu senhor a ler este blogue ou vou pedir ao senhor padre confessor par ame atender entre as 23 e as 5 da manhã. tb quero esse despe e siga pelo alcatrão que o caminho está marcado.
Aquela parte de dar a boca fez-me pensar no homem batata...
É sempre a mesma coisa!
para os pobres pedintes, aqui à porta do convento, é um caldo deslavado. Lá dentro para o sabido do padre confessor que nem latim sabe é chicha da melhor.
E a luta (de classes) continua...
Maria Teresa e agora? Estragaste-me a contabilidade. Vai lá pôr 7 "gosto", só assim te perdoarei.
Gi, desculpe lá mas a menina é mais exigente que eu. Então quer o padre das 23 às 5 e o marido também. Muito moderninha a menina. Olhe que aqui no convento não há coisas dessas, AINDA.
Rafeiro que ladras tu? lembra-te o Homem da batata? Eu lembro-me é que ao "dar a boca" posso precisar dela para outras coisas e não ter.
Caro Romeiro, fala muito bem o senhor e as palavras dizem tudo. "PObres" "Pedintes". É por isso que não têm nada e mesmo que peçam, sobra muito pouco para vocês.
Mas continue pedindo.
ufa... que alivio! nem imaginas como eu estava preocupado com o hábito e com a batina...
Já por aqui passei mais umas vezes, mas vejo tudo na mesma, já com umas teias de aranha ali na porta. E de caldo nem o cheiro. Creio que este convento faliu, já vi o padre confessor há dias por lugares menos próprios, creio que se pirou (ou virou?).
Ao menos ponha a Madre superiora um aviso ali na frontaria a informar os pobres romeiros do que se passa e a dizer-lhes onde podem ir para uma sopinha...
Hum... prazeres de fazer corar as próprias paredes já para não falar da batina e do hábito entretanto tomados pelo destino que os haveria de juntar no abandono de um chão frio...
Beijo
Prazeres divinos ...huuum!!
muito investimento...angelicais gemidos...
Beijos e muitos "ganhos"
;)