terça-feira
Na cela da Madre Superiora o brilho da lua cheia, demasiado cheia para uma mulher só, acorda recordações e anseios.
Olhou-se de cima a baixo. Reviveu o seu corpo, outrora delineado e perfeito. Observou as suas mãos, antes, de dedos longos e finos e agora, deformadas e manchadas pela idade. Esboçou um esgar que lhe avivou ainda mais as rugas e naquela noite jurou matar o desejo que ainda vivia dentro de si.
Mas porquê esta luxúria oculta que teima em subir por mim e se abriga, ainda, neste corpo gasto. Porquê esta vontade de vida? – perguntou-se.
Às vezes, nas noites mais solitárias, imaginava um roçar breve no pescoço, uma carícia ousada nas virilhas, um corpo quente junto a si e desejava que o seu Divino Esposo lhe desbravasse as montanhas, secasse os rios, abrisse os mares e navegasse com ela.
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14 confissões:
Eu me confesso...Pecadora...
O desejo, o calor está sempre mesmo no passar do tempo ... resta a imaginação, a lembrança, um suspiro ...a saudade dos mares tão docemente navegados!!
Gostei de visitar o "Convento" vou voltar, por certo!
Vossa bençâo
Pois, mas o meu Divino Esposo anda ausente há tanto tempo! Sabe, minha menina, ele é marinheiro, mas gosta de navegar sozinho.
Ó Madre Superiora como a compreendo! Mas a Reverenda Madre ainda pode apelar para o seu Divino Esposo...eu apelo para quem?
Ajude-me a encontrar o caminho do doce pecado, nas suas preces pense nas pobres pecadoras como eu...
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Diabólico ?
terei que me refazer . . .
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abraço,
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Cá estou e, para começar, com um imenso dó da pobre Madre!
Teresa: a menina tem de falar com o Sr. Padre, ele é que sabe das rezas para resolver problemas desse foro. As minhas rezas não fazem efeito nenhum. Diz-se por aqui que vozes de burro não chegam aos céus, talvez seja a razão porque as minhas não chegam lá.
Poeta tu és: caríssimo, pois talvez tenha!
Teresa Santos: também eu tenho muita pena de mim! Pode ser que os tempos melhorem e a esperança é a última a morrer.
Madre:
Nunca ouviu dizer que velhos são os trapos? E que o hábito não faz a monja? Pecadores (apreciadores do doce sabor do pecado) somos todos nós, fora e dentro do convento. Se cá fora há o auto-serviço, porque não no convento também?
Passarei a vir em penitência ao convento. Quando a madre sentir um intenso (?) cheiro a peixe é porque estou por perto. Aqui não usarei o meu "nome". Serei, isso sim, o Papa-freiras!
Sua benção, Madre.
Caro(a) Papa-freiras, lamento pedir-lhe mais informações, mas estou com algumas dúvidas. Devo tratá-lo(a) por sua eminência, ou por irmã? Não percebi bem essa ambiguidade. Queira esclarecer.
Senhor padre eu me confesso uma fiel leitora dos seus devaneios. Mande-me rezrs um acto de contrição mas daqui não saio daqui ninguém me tira nem aos empurrões.
senhor padre fiz-lhe uma question no meu blogue. O senhor padre vai só nessa viagem ou leva a congregação das virgens com eu? Ah e a MAri Tere daqui de cima a vizinha de cima (salvo seja) de mim.
Senhor padre sou pecadora e mais pecadora ficarei por vir a esta casa do diabo, mas é uma tentação. Já me fiz sócia e (per)seguidora do. senhor padre. Para onde for eu irei atrás... não , não tenho confiança de ir atrás ...vou ao lado ao seu lado direito no ado do coração . Ou o senhor padre tem o coração À esquerda? Se assim for mudarei de lado só para poder estar consigo. kis E bom fim de semana.
Hum... lamentável quando queremos e não temos. Fica a imaginação...
Minha querida AVOGI, vejo que se enganou no apartado de correio. Eu até posso entregar a sua missiva ao nosso padre confessor, mas para a próxima tenha cuidado porque ele não gosta que a correspondência dele ande assim ao Deus dará.
Minha querida "Vontade de" confessar-se, creio?!:
e ter imaginação já não é mau, não é verdade? Tenho aqui noviças e irmãs que nem disso se podem gabar.